Pinheiros – Cidade Satélite, teve sua origem no século XVI, quando os indígenas tupis do campo deixaram Piratininga e ali estabeleceram nova aldeia, “sobre o terraço que se ergue cavaleiro do rio, na quota de 731 metros”, onde hoje se situa o largo central do bairro.
Largo de Pinheiros
Fonte: Gazeta de Pinheiros
Estabelecidos os indígenas no aldeamento dos pinheiros, ali construíram os padres jesuítas uma capela tendo por orago Nossa Senhora da Conceição dos Pinheiros.
Por aproximadamente cem anos estiveram os padres jesuítas a cuidar da capela, uma vez que ao seu cargo se encontrava a aldeia.
De sua ermida dedicada a Senhora de Monte Serrat estendeu-se a denominação à capela dos Pinheiros que, desde então, pelo povo, embora com relutância, passou a ser conhecida como Capela de Nossa Senhora do Monte Serrat.
Igreja de Monte Serrat
Fonte: Gazeta de Pinheiros
Cortando o então vasto território da aldeia dos pinheiros, que se extendia pelas terras do Butantã, estava o rio do mesmo nome, afluente da margem esquerda do Tietê e um de seus primeiros tributários, tendo origem “nos montes ao poente da cidade de São Paulo”, correndo de leste para oeste, curvando-se para noroeste na altura da extinta aldeia de Santo André da Borda do Campo.
Os habitantes da aldeia e os moradores da vila e das aldeias próximas conheciam-no como Rio Grande, Geribatiba e Jurubatuba.
Rio Pinheiros
Fonte: Brasil Post
Banhistas do Germania, no rio Pinheiros.Fonte: Foto de Shöenfelder. Doação de Hans Nobiling.
A inauguração do mercadão no bairro de Pinheiros ocorreu no dia 10 de agosto de 1910. Este conhecido naquela época como “O mercado dos caipiras”, devido aos produtores que vendiam suas mercadorias residirem em cidades distantes, sendo eles sitiantes chamados de caipiras.
No local poderiam ser vendidos além de mercadorias comuns, fazendas, sítios, chácaras,terras agrícolas, e de criação, colheitas, animais vivos, isolados ou em manadas, tijolos,telhas, pedregulhos, areias, madeira, lenha, veículos, instrumentos agrícolas, etc.
Mercado dos caipirasFonte: Gazeta de Pinheiros
Fontes:
AMARAL, Antônio Barreto do. O bairro de Pinheiros. São Paulo (SP): Secretaria da Educação e Cultura, 2. ed. 1981. 143p.